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terça-feira, 8 de março de 2011

A brincar e a aprender, vou ser um adulto a valer!

A escolha do título deste blogue (A brincar e a aprender vou ser um adulto a valer!) surgiu na sequência do tema escolhido pelos membros do grupo: “Brincar, Aprendizagem e Desenvolvimento”.
Sabe-se que cada indivíduo possui um conjunto de comportamentos inatos (que nascem com ele) e que o acompanham ao longo do seu percurso de desenvolvimento, sendo definidos na sua maioria pela matriz genética (algo herdado de pais para filhos). Contudo, os comportamentos adquiridos advêm não só de factores de ordem biológica, mas também de ordem social e de processos de aprendizagem. Assim, a aprendizagem pode ser definida como o modo de adquirir competências sendo segundo Tolman dirigida a um objectivo e, deste modo, intencional. Assim, o ser humano adquire constantemente novos conhecimentos através de um conjunto de factores, onde podemos inserir as próprias experiências de vida que integram esse conjunto. Contudo, como o título sugere: brincar é um factor de grande relevância neste tipo de processo. Ao brincar a criança para além de desenvolver as suas capacidades cognitivas, consegue também recriar e interpretar o mundo, tornando-se capaz de reconhecer a existência das interacções que se estabelecem entre os indivíduos.
Na nossa opinião o acto de aprender e o acto de brincar, embora que sendo ideias distintas, estão profundamente ligadas. Uma vez que consideramos que a actividade lúdica surge como mediadora da aprendizagem e por conseguinte leva à criação e ao desenvolvimento de um ser no futuro. Considera-se que a maior parte das alterações no nosso desenvolvimento ocorre enquanto crescemos, até à adolescência, o que se pode verificar até pelo facto da maioria das teorias do desenvolvimento acompanharem o indivíduo apenas até à adolescência, daí dizermos que a criança a brincar e com esse brincar, a aprender… Irá um dia ser um adulto melhor! No entanto também existem teorias que acompanham o indivíduo até à sua velhice… O que é importante salientarmos!
O brincar aparece quase como uma necessidade na vida de uma pessoa. Mas brincará o adulto também? Ou se não brinca deveria brincar? Se nos basearmos nas palavras de Ale Esclapes que considera que ‘’o adulto não deve perder a sua capacidade de reinventar o quotidiano como uma criança cria uma brincadeira nova a cada dia”, poderemos tirar a ideia que sim… Mas se observarmos o dia-a-dia cada vez mais activo, em que até é difícil ver os pais a terem tempo para brincar com os filhos, se calhar não… E vocês, leitores, o que pensam sobre este assunto? UM ADULTO NÃO BRINCA? Conforme dito na nossa introdução este espaço é de quem o queira visitar, portanto agradecemos a opinião de quem aqui aceder acerca da sondagem colocada no blogue ‘’Um adulto não brinca?’’ para depois passarmos a uma melhor análise sobre essa questão pertinentemente colocada!