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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Um simples gesto necessário num brinquedo...

Reciclar para criar...

Hoje em dia, a reciclagem torna-se uma questão pertinente para abordar com as crianças. Além de ser um instrumento de auxílio ao meio ambiente é, também fonte de inspiração e criatividade. Pudemos criar diversos brinquedos através de materiais usados, por exemplo, através de pacotes de leite, “confeccionar” uma casa. Julgamos ser importante, chamar a atenção das crianças e dos seus cuidadores, para a valorização do material e para o facto de que nem todos os brinquedos comprados, são a única fonte de divertimento.
Assim para um enriquecimento mais profundo, indicamos a seguir alguns brinquedos e os principais passos para que os pais e os seus filhos interajam e criem juntos.

F  MÁSCARAS COM CAIXAS DE OVOS DE PAPELÃO:
Materiais:
ü  caixa de ovos de papelão
ü  tinta
ü  fio
ü  cola
ü  tesoura
ü  elástico
ü  revistas velhas
Etapas:
1.       Cortar a caixa dos ovos;
2.       Recortar, como mostra, a imagem;



3.       Pintar com tinta colorida;
4.       Cortar, resto de papel colorido em tiras;
5.       Cola as tiras de papéis nas laterais da forma;
6.       Por último, fazer dois furinhos nas laterais com ajuda da agulha e enfiar o elástico.


Resultado final: máscara de uma coruja


F  BOLSA
Materiais:
ü  Uma garrafa lisa
ü  Tesoura  
ü  Fita de seda para fecho e alça
Etapas:
1.       Cortar a boca da garrafa;


2.       Cortar um dos lados da garrafa até metade;

3.     Fazer um furo de cada lado logo abaixo do corte para inserir a alça;

4.       Fazer quatro furos (dois em cima e dois em baixo) para a colocação do fecho. (Os dois furos de baixo podem ser substituídos por um botão grande);

5.       Dobrar a aba que sobrou para fazer a tampa da bolsa e fechar com a fita de seda ou utilizar um botão;
6.       Preguar a alça da bolsa tiracolo.
               















terça-feira, 7 de junho de 2011

Desafio: Teste Racismo


Comentário ao vídeo

1)      O racismo será sempre uma das grandes problemáticas das sociedades contemporâneas tornando-se cada vez mais camuflado e subtil.

2)      O racismo não é uma teoria científica, mas sim um conjunto de opiniões pré-concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A biologia só identificou uma raça: a raça humana.

3)      As crianças são conhecidas por serem bastante genuínas, dizendo sempre aquilo que realmente pensam e sentem. No vídeo são apresentados brinquedos (bebé branco e bebé negro) que detêm um grande poder simbólico, uma vez que surgem como representação de duas ‘’raças distintas’’ que, ao longo da história, têm estabelecido uma relação muito estreita. Assim sendo, é assustador verificar que, no vídeo, as crianças afirmam peremptoriamente que a boneca preta é feia e má e que a boneca branca é bonita e agradável. Deste modo, estamos perante fortes evidências que comprovam como uma cultura influencia desde cedo o desenvolvimento de uma criança.

4)      Como podemos visualizar, as crianças que participam no vídeo, dado que se integram numa sociedade que superioriza os indivíduos de “raça branca”, também escolhem o seu brinquedo (neste caso, a boneca) de acordo com aquilo que lhes foi previamente incutido. Retrata o quanto e de que forma este estereotipo é passado às crianças, de modo a que elas próprias (dessa mesma ‘’raça’’) adquirirem tais conceitos apenas através de um simples brinquedo. O brinquedo neste vídeo passou de algo que é feito para a criança para algo que tem um poder simbólico e transmite conceitos e estereótipos à criança.

5)      Em suma, este vídeo, apesar de retratar a realidade americana, faz-nos reflectir o que se tem transmitido às crianças, através da linguagem, expressões e acções quotidianas; e que tipo de estratégias devem ser implementadas para assegurar o bem-estar e desenvolvimento de todas as crianças. No processo de socialização das crianças são fundamentais os princípios baseados na igualdade, prevenindo comportamentos racistas e discriminatórios.


De forma a demonstrarmos de outro modo o ‘’nosso sentimento’’ perante esta realidade apresentamos seguidamente um poema bastante conhecido acerca desta temática… E que demonstra, na nossa opinião, do modo mais simples o quanto somos todos iguais e o quanto quer fisiologicamente quer psicologicamente SENTIMOS e SOMOS da mesma forma!

 António Gedeão – Lágrima de preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

Como podemos ajudar a criança brincar?

No decorrer do crescimento e desenvolvimento da criança ela aprende diversas actividades lúdicas. A melhor opção para a criança aprender a brincar é respeitar o seu ritmo, encorajá-la e apoiá-la.

Os adultos podem, dessa maneira, cumprir várias funções:

* Dar apoio;
* Escolher o momento certo para ajudar a criança a deixar a brincadeira, quando sentir que ela está insegura;
* Assegurar sempre que a criança esteja pronta para novas experiências:
* Dar ideias: sugerir novas actividades;
* Estimular conversas: às vezes a conversa decorre naturalmente da brincadeira;
* Dar conselhos: julgar quando a criança será capaz de aprender com a experiência, ou se é melhor intervir;
* Tomar parte na brincadeira;
* Ajudar uma criança em dificuldades quando alguma tarefa está além das suas capacidades.

Importância das brincadeiras na evolução dos processos de desenvolvimento humano

SANTOS (2000, p. 18), PIAGET, WALLON, VTGOTSKY et all, atribuíram ao acto de brincar uma função deliberativa na “evolução dos processos de desenvolvimento humano”, bem como na aprendizagem. O brincar constitui-se como meio de diversão e de aprendizagem. Muitas das vezes existe a transmissão de conhecimentos de brincadeiras, de geração em geração. Dois dos aspectos que predominam nos jogos são o seu conteúdo (relaciona-se com a motivação da criança para resolver conflitos e para construir o conhecimento) propriamente dito e a sua estrutura.
Actualmente, os pais vêem-se envolvidos nos seus trabalhos e as suas casas não têm condições, em ternos de espaço, para os seus filhos brincarem. CUNHA (2001, p. 14) constatou que “as crianças não têm um pátio para brincar, estão super familiarizadas com jogos de vídeo, televisão e computador, não conhecem o prazer de criar brinquedos com caixinhas”. No entanto, esta situação não deve isolar o “comportamento lúdico da criança”. O brincar torna-se um “instrumento” essencial no desenvolvimento das crianças e é a afirmação de um “eu”.
Assim sendo, o brincar possibilita processos de socialização e de descoberta do meio, não sendo apenas um mero passatempo. Quando os pais valorizam o espaço e as ocasiões de brincadeira, promovem boas condições de desenvolvimento às crianças.