Comentário ao filme ‘’Juno’’
O filme apresentado retrata a vida de uma adolescente imatura que aos 16 anos se depara com uma gravidez inesperada. Esta situação traz muitas repercussões na sua vida dado que é obrigada a tomar decisões demasiado difíceis para alguém de tão tenra idade.
Decidida a ter o filho, Juno tenta encontrar alguém que acolha “o seu bebé” dando-lhe um lar onde o amor abunde, uma vez que reconhece a incapacidade que tanto ela como o pai da criança, um adolescente da mesma idade de nome Bleeker, têm de lhe proporcionar todas as condições necessárias para um bom desenvolvimento.
De acordo com a temática deste blog, é importante salientar que uma gravidez em idades como a da personagem descrita no filme limita muito o tipo de actividades de lazer que se podem realizar. Este facto deve-se não só a alterações de carácter físico, que resultam muitas vezes em períodos terrivelmente afectados por náuseas, como também e essencialmente, a transformações ao nível psicológico que advém de todo o processo de formação do novo ser.
As mães adolescentes vêem-se obrigadas a trocar brincadeiras com amigos pela realização de uma nova ecografia. Por outro lado, o sentimento de repressão sentido pelos olhares de alguns indivíduos também pode contribuir para que abdiquem de interacções sociais e actividades associadas ao estabelecimento dessas mesmas interacções.
A dificuldade em decidir ‘’o que fazer’’ quando descobre que está grávida e a consciência das alterações que a sua vida irá sofrer estão explícitas no momento em que Juno realiza o teste e sabe o seu resultado. Nesta altura do filme Juno vai para casa e pelo caminho observa a rotina dos seus colegas durante o treino, tenta “suicidar-se” com uma ‘’corda de goma’’ e quando desiste da ideia são passadas imagens das suas recordações, fotografias e ainda dos seus nenucos… Como que, de repente, tudo aquilo que ainda há tão pouco tempo ela utilizava para brincar, passasse a ser verdadeiro e com necessidade de todo o carinho, atenção e abdicação de tudo o resto da parte da mãe!
Boa tarde gente do brincar!
ResponderEliminarAcabei de ver a vossa reacção ao desafio “Juno” e parece-me que, atendendo à vossa temática, pegaram bem na questão. No entanto, penso que a poderiam ter explorado um pouco mais apoiados em algumas referências teóricas. Algumas coisas que dizem oferecem-me algum questionamento: falam de uma adolescente imatura. Seria esta adolescente tão imatura assim? Imatura por comparação a um adulto ou imatura por comparação a outras adolescentes da sua idade?
Agora outra coisa mais aborrecida: atenção aos erros ortográficos (e.g. a situação trás (em vez de traz); vêm-se em vez de vêem-se; evidênciam em vez de evidenciam, etc.).
Beijinhos e boa semana académica.
GP